De acordo com uma publicação no facebook oficial da Associação Brasileira de Energia Solar o Brasil entrou pela primeira vez na lista dos 10 países com maior potência instalada acumulada da fonte solar fotovoltaica.
Os números levam em conta a soma da capacidade de geração de energia solar proveniente de grandes usinas solares e de sistemas de geração solar de pequeno e médio porte, como os instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Estes dados correspondem à potência total acumulada até o final do ano de 2022. Incentivos do governo e meios de financiamento por meios dos bancos contribuíram fortemente para o aumento de sistemas instalados.
O uso da energia solar já representa 11,6% da matriz energética brasileira e o setor tem experimentado um crescimento exponencial. Desde julho de 2022, a potência instalada para geração de energia solar no país cresce em média 1 GW por mês.
Atualmente, a produção de energia elétrica é majoritariamente oriunda de pequenos usuários, visto que que esses possuem uma capacidade de geração própria de 17,2 GW, enquanto as grandes usinas solares possuem capacidade de 7,8 GW.
Desde 2012, foram investidos R$ 125,3 bilhões em fontes de energia solar, o que gerou uma arrecadação de cerca de R$ 39,4 bilhões aos cofres públicos.
O setor também foi responsável pela criação de 750,2 mil empregos acumulados em aproximadamente 10 anos, além de evitar a emissão de 33,4 milhões de toneladas de gás carbônico na produção de eletricidade.
Uso da energia solar está em crescimento acelerado
Ao divulgar o relatório com os dados de 2022, a Irena destacou que, até o final de 2022, a capacidade global de geração renovável de energia totalizou 3.372 GW, aumentando o estoque de energia renovável em um recorde de 295 GW.
“Impressionantes 83% de toda a capacidade de energia adicionada no ano passado foi produzida por fontes renováveis”, declarou a agência.
“Esse crescimento recorde contínuo mostra a resiliência da energia renovável em meio à persistente crise energética”, disse o diretor-geral da Irena, Francesco La Camera. Segundo ele, apesar de os números atuais serem positivos, é preciso que o nível anual de crescimento na geração de energia renovável triplique até 2030 para que seja possível limitar o aquecimento global a 1,5°C.
“Como se espera que a demanda de energia aumente em muitas regiões do mundo, a transição energética requer uma transformação radical que proporcione uma mudança estratégica além da descarbonização”, falou La Camera.
“Qualquer expansão de novas capacidades não renováveis à luz dos eventos globais recentes deve estar conectada aos esforços para acelerar a transição energética para tornar o sistema mais resiliente e inclusivo.”